23/08/2015

36. Amar a todos

SÃO PAULO APÓSTOLO: 6Saibam de uma coisa: quem semeia com mesquinhez, com mesquinhez há de colher; quem semeia com generosidade, com generosidade há de colher. 7Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria (2 Cor 9,6-7).

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: Devemos ter um coração mais amplo do que os mares e os oceanos... Que todos se amem como filhos de Deus e irmãos nossos, criados para o paraíso, pois são nossos companheiros de viagem rumo à eternidade e estão insidiados por astutos e perigosos inimigos... amar a todos, pensar em todos, agir com o espírito do Evangelho que é universalidade e misericórdia: “vinde a mim todos”. Assim como é o espírito de São Paulo apóstolo, sempre voltado para os povos que ainda não obtiveram a luz de Jesus Cristo...”.

REFLEXÃO: Para amar alguém como pessoa, temos de começar por conceder-lhe autonomia e identidade próprias como pessoa. Temos de amá-lo por causa daquilo que ele é em si mesmo e não por causa do que ele é para nós. Havemos de amá-lo para o seu próprio bem, não pelo bem que dele retiramos. Ora, isso é impossível se não formos capazes de um amor que nos ‘transforma’, por assim dizer, no outro, tornando-nos capazes de ver as coisas como ele as vê, de amar o que ele ama, de experimentar as mais profundas realidades de sua vida como se fossem nossas. Sem sacrifício, tal transformação não é possível. Entretanto, se não somos capazes dessa espécie de transformação ‘no outro’ enquanto permanecermos nós mesmos, não estamos ainda aptos para uma existência plenamente humana[1].



[1] MERTON, Thomas. Questões abertas.  Rio de Janeiro: AGIR, 1963. p.121.

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