SÃO PAULO
APÓSTOLO: 4Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para
que sejamos santos e sem defeito diante dele, no amor (Ef 1,4).
BEM-AVENTURADO
TIAGO ALBERIONE: Amar o Senhor com toda a mente, com todo o coração, com todas
as forças e com toda a vontade. Amar o próximo como a nós mesmos. Em dupla
função: afastar do próximo o mal, o erro, o vício, o pecado, a morte; levar-lhe
tudo o que é bom: verdade, virtude, graça. Para realizar isso perfeitamente e
ao máximo: deixar tudo para receber tudo. Assegurar-se o cêntuplo e a vida
eterna.
REFLEXÃO: O amor
só busca uma coisa: o bem do amado. Amar o outro é querer seu verdadeiro bem.
Tal amor é fundado na verdade. Um amor que não vê distinção entre o bem e o
mal, que ama cegamente só por amar, é mais ódio que amor. Amar às cegas é amar
de forma interesseira, porque o fim desse amor não é a conveniência real do
amado, mas só o prazer de amar em nossa alma. Tal amor nem pode ter a aparência
de amor, a menos que ele pretenda procurar o bem do amado[1].
Quem deveras ama o outro, não é movido apenas pelo desejo de vê-lo contente,
cheio de saúde e próspero neste mundo. O amor não pode contentar-se com ideal
tão incompleto. Se o meu dever é amar meu irmão, eu devo, de algum modo, entrar
a fundo no mistério do amor de Deus por ele. A verdade que eu amo ao amar o meu
irmão não pode ser uma coisa meramente abstrata e filosófica. Deve ser, ao
mesmo tempo, sobrenatural e concreta, prática e sensível[2].