SÃO PAULO
APÓSTOLO: 33Não se deixem iludir: as más companhias corrompem os
bons costumes. (1 Cor 15,33).
BEM-AVENTURADO
TIAGO ALBERIONE: O estímulo de um verdadeiro amigo é um dos estímulos mais
eficazes para o domínio de si próprio e para a prática do bem. Realmente, a
verdadeira amizade, como diz Bossuet, é "uma aliança entre duas almas que
se unem para praticarem o bem". A verdadeira amizade é desinteressada,
paciente até o heroísmo, sincera e cristalina. Não conhece o fingimento, nem a
hipocrisia, louva o amigo pelas suas boas qualidades, mas com santa liberdade
se descobre os defeitos e as fraquezas com a finalidade única de corrigi-los.
Mas não tem nada de sensual. Preza e ama unicamente o valor moral do amigo.
"A amizade, diz ainda Bossuet, é a perfeição da caridade". Por isso,
não pode haver verdadeira amizade, se não se apoiar na virtude.
REFLEXÃO: A
caridade deve ensinar-nos que a amizade é uma coisa santa e que não é nem caridoso
nem santo fundar a nossa amizade na mentira. Podemos, em certo sentido, ser
amigos de todos os homens, porque não há homem na terra com quem não tenhamos
algo em comum. Mas seria falso tratar com intimidade um grande número de
homens. Não é possível ser íntimo senão de poucos, porque são muito poucos no
mundo com quem temos tudo em comum[1].
[1] MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha. Tradução:
Timóteo Amoroso Anastácio. Campinas: VERUS, 2003, p.25.
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