08/04/2015

58- O estímulo de um verdadeiro amigo

SÃO PAULO APÓSTOLO: 33Não se deixem iludir: as más companhias corrompem os bons costumes. (1 Cor 15,33).



BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: O estímulo de um verdadeiro amigo é um dos estímulos mais eficazes para o domínio de si próprio e para a prática do bem. Realmente, a verdadeira amizade, como diz Bossuet, é "uma aliança entre duas almas que se unem para praticarem o bem". A verdadeira amizade é desinteressada, paciente até o heroísmo, sincera e cristalina. Não conhece o fingimento, nem a hipocrisia, louva o amigo pelas suas boas qualidades, mas com santa liberdade se descobre os defeitos e as fraquezas com a finalidade única de corrigi-los. Mas não tem nada de sensual. Preza e ama unicamente o valor moral do amigo. "A amizade, diz ainda Bossuet, é a perfeição da caridade". Por isso, não pode haver verdadeira amizade, se não se apoiar na virtude.



REFLEXÃO: A caridade deve ensinar-nos que a amizade é uma coisa santa e que não é nem caridoso nem santo fundar a nossa amizade na mentira. Podemos, em certo sentido, ser amigos de todos os homens, porque não há homem na terra com quem não tenhamos algo em comum. Mas seria falso tratar com intimidade um grande número de homens. Não é possível ser íntimo senão de poucos, porque são muito poucos no mundo com quem temos tudo em comum[1].



[1] MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha. Tradução: Timóteo Amoroso Anastácio. Campinas: VERUS, 2003, p.25. 

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