22/02/2015

10. Quando não há vida comum...

SÃO PAULO APÓSTOLO: 3Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito. 4Há um só corpo e um só Espírito, assim como a vocação de vocês os chamou a uma só esperança: 5há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. 6Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos e está presente em todos (Ef 4,3-6).

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: A união e a unidade: conhecê-la, senti-la, vivê-la. Não há verdadeira vida comum, embora se viva sob o mesmo teto, num hotel, num colégio, num pensionato, num asilo, numa prisão, num quartel etc. E não há vida comum porque não há unidade de fim, de pensamento, de corações: cada um se encontra em tais lugares por razão de necessidade especial, temporária, de passagem, para qualquer finalidade individual. Não há nenhum dever de obediência derivado de votos.

REFLEXÃO: Como vivemos a inquietação do amor? Cremos no amor a Deus e ao próximo, ou somos nominalistas a este propósito? Não de modo abstrato, não somente palavras, mas o irmão concreto que encontramos, o irmão que está ao nosso lado! Deixamo-nos inquietar pelas suas necessidades, ou permanecemos fechados em nós mesmos, nas nossas comunidades, que com frequência são para nós “comunidades-comodidades”? Às vezes podemos viver num condomínio, sem conhecer quem vive ao nosso lado; ou então podemos viver em comunidade, sem conhecer verdadeiramente o nosso irmão de hábito: amargurado, penso nos consagrados que não são fecundos, que são “solteirões”. A inquietação do amor impele sempre a ir ao encontro do outro, sem esperar que seja o outro a manifestar a sua necessidade. A inquietação do amor oferece-nos a dádiva da fecundidade pastoral, e nós devemos perguntar-nos, cada um de nós: como está a minha fecundidade espiritual, a minha fecundidade pastoral?[1]



[1] Papa Francisco, Basílica de S. Agostinho no Campo de Marte, Roma, 28 de Agosto de 2013

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