SÃO PAULO
APÓSTOLO: 3Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a
unidade do Espírito. 4Há um só corpo e um só Espírito, assim como a
vocação de vocês os chamou a uma só esperança: 5há um só Senhor, uma
só fé, um só batismo. 6Há um só Deus e Pai de todos, que está acima
de todos, que age por meio de todos e está presente em todos (Ef 4,3-6).
BEM-AVENTURADO
TIAGO ALBERIONE: A união e a unidade: conhecê-la, senti-la, vivê-la. Não há
verdadeira vida comum, embora se viva sob o mesmo teto, num hotel, num colégio,
num pensionato, num asilo, numa prisão, num quartel etc. E não há vida comum
porque não há unidade de fim, de pensamento, de corações: cada um se encontra
em tais lugares por razão de necessidade especial, temporária, de passagem,
para qualquer finalidade individual. Não há nenhum dever de obediência derivado
de votos.
REFLEXÃO: Como
vivemos a inquietação do amor? Cremos no amor a Deus e ao próximo, ou somos
nominalistas a este propósito? Não de modo abstrato, não somente palavras, mas
o irmão concreto que encontramos, o irmão que está ao nosso lado! Deixamo-nos
inquietar pelas suas necessidades, ou permanecemos fechados em nós mesmos, nas
nossas comunidades, que com frequência são para nós “comunidades-comodidades”?
Às vezes podemos viver num condomínio, sem conhecer quem vive ao nosso lado; ou
então podemos viver em comunidade, sem conhecer verdadeiramente o nosso irmão
de hábito: amargurado, penso nos consagrados que não são fecundos, que são “solteirões”.
A inquietação do amor impele sempre a ir ao encontro do outro, sem esperar que
seja o outro a manifestar a sua necessidade. A inquietação do amor oferece-nos
a dádiva da fecundidade pastoral, e nós devemos perguntar-nos, cada um de nós:
como está a minha fecundidade espiritual, a minha fecundidade pastoral?[1]