18/10/2015

44. Conservar a própria personalidade

SÃO PAULO APÓSTOLO: 10Pois o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus. 11Quem conhece a fundo a vida íntima do homem é o espírito do homem que está dentro dele. Da mesma forma, só o Espírito de Deus conhece o que está em Deus (1 Cor 2,10-11).

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: A vida comum exige sociabilidade. Mas não gregarismo, a ponto de assimilar tudo do ambiente e dos companheiros deixando-se guiar cegamente até perder a própria personalidade. Acompanhar-se e ao mesmo tempo segregar-se; não deixar-se absorver pela vida coletiva, pelas leituras vazias, pelo rádio, cinema, televisão, até chegar a uma espécie de estupidez, de passividade, escravidão, falta de reflexão e de ideias próprias e dominantes.

REFLEXÃO: Aprender a conviver exige uma delicadeza respeitosa ao diferente em todas as relações. Implica perceber a dialética da identidade e diferença. Consiste em manter a própria identidade sem que ela destrua a diferença do outro. Apreciá-la sem que anule a si mesma. Supõe reconhecer como outro, a saber, não eu. No nível de reflexão abstrata, parece claro. No concreto, facilmente projetamos os próprios problemas, qualidades, desejos, sonhos nos outros ou, o contrário, assumimos tudo isso dos outros, negando o nosso caminho[1].  





[1] LIBÂNIO, João Batista. A arte de formar-se. São Paulo: Edições Loyola, 2014, p.112.

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