28/12/2014

2.A sociabilidade como virtude

SÃO PAULO APÓSTOLO: 24Ninguém procure satisfazer aos seus próprios interesses, mas os do próximo (1 Cor 10,24).

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: A sociabilidade é, portanto, virtude de todos e para com todos. Esta é particularmente necessária a quem vive em comunidade; mas possui também um campo larguíssimo, tão largo quanto o nosso apostolado, tão largo quanto a nação, tão largo quanto estendida é a Igreja, tão largo quanto numerosa é a humanidade.

REFLEXÃO: Saber viver com s outros, o mister de sermos humanos, como diziam os antigos, é a disciplina mais difícil de aprender, e nunca a aprendemos de uma vez por todas. Não existe uma idade em que possamos dizer: agora chega, assim está bem. Como todas as disciplinas, esta também, em algum ponto do seu longo e rigoroso percurso, se transforma em arte, a arte refinada do caminhar juntos, na alegria simples do encontro, de ter em comum tantas coisas, de viver juntos na cordialidade, de compartilhar com naturalidade o que somos e o que não somos, o que temos e o que não temos e, finalmente, de sentir o coração satisfeito[1].



[1] COLOMBERO, Giuseppe. Vida religiosa da convivência à fraternidade. São Paulo: Paulus, 2003, p. 12,13.

23/12/2014

1.Viver em sociedade: um direito natural

SÃO PAULO APÓSTOLO: 1Que os homens nos considerem como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. 2Ora, o que se espera dos administradores é que eles sejam dignos de confiança(1 Cor 4,1-2).

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE: O homem é naturalmente ordenado por Deus a viver em sociedade. Com efeito, não poderia viver no isolamento, já que sozinho não é capaz de alcançar o seu aperfeiçoamento físico, moral e intelectual. Deus deu ao homem a inclinação a superar a sua insuficiência associando-se aos outros, seja na vida doméstica quanto na vida civil e religiosa. E este é um direito natural, que ninguém pode violar.

REFLEXÃO: Cada homem é um pouco de mim mesmo, porque faço parte da humanidade. Cada cristão é uma parte do meu próprio corpo, porque somos membros de Cristo. Tudo o que faço, é feito também para eles, com eles e por eles. Tudo o que fazem, fazem em mim, por mim e para mim também. Mas cada um de nós fica responsável pela sua parte na vida do corpo total. Nada, absolutamente, tem sentido, a menos que admitamos, com John Donne, que ‘homem algum é uma ilha completa em si mesma; todo homem é um fragmento do continente, uma parte do oceano’[1].



[1] MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha. Tradução: Timóteo Amoroso Anastácio. Campinas: VERUS, 2003, p.18